A Prisão e a Ágora, novo livro de Marcelo Lopes de Souza, versa sobre planejamento urbano, mas não do ponto de vista da adequação dos usos do solo ou da estética das paisagens não propriamente inúteis em si mesmas, mas tão amiúde a serviço da segregação, do controle social e da alienação , e sim das relações de poder inscritas no espaço e implicadas na produção do espaço. Planejar e gerir uma cidade não significam, apenas, planejar e gerir coisas, mas sim, acima de tudo, planejar e gerir relações sociais. Seja para amenizar o embrutecimento representado e condicionado pelas cidades atuais, seja para conquistar cidades substancialmente diferentes e mais justas, é preciso refletir e agir levando em conta o que mais importa a dinâmica das relações sociais, em especial a dinâmica das relações de poder, e os vínculos disso com o espaço, na sua dupla qualidade de produto e condicionante das relações sociais. A escala local, certamente, é privilegiada na análise, mas privilégio não quer dizer exclusividade os problemas que se manifestam localmente não se deixam explicar somente por fatores de abrangência local, e vencer desafios locais depreende, cada vez mais, saber enfrentar desafios também em outras escalas. A Prisão e a Ágora trata, pragmaticamente, tanto da falta de liberdade e as restrições crescentes à liberdade efetiva, no cotidiano das grandes cidades contemporâneas metáfora da prisão, quanto das possibilidades de se tentar ampliar os espaços democráticos mesmo em meio a
Peso: | 0,4 kg |
Número de páginas: | 632 |
Ano de edição: | 2006 |
ISBN 10: | 8528612090 |
ISBN 13: | 9788528612097 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 3 |
Edição: | 1 |
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