“São contos”, Alice Munro enfatiza no prefácio de A vista de Castle Rock, em que explica como esteve ocupada durante vários anos com a investigação sobre a história de um lado de sua família, os Laidlaw. Foram inúmeras páginas de documentos consultados, além das cartas e outros registros escritos – uma das conclusões a que chegou nessa pesquisa é que sempre houve pelo menos um Laidlaw por geração preocupado em escrever uma parte dessa história. A busca lhe rendeu uma boa quantidade de informações a respeito dessa família: a origem em Ettrick Valley, Escócia, o longo caminho que fizeram até chegarem ao Canadá em um navio cheio de imigrantes e finalmente o estabelecimento na região rural de Ontário onde Alice Munro cresceu. Mas apesar desse embasamento documental, e de escrever em uma prosa em alguns momentos mais próxima ao relato, são contos. É que em um documento não cabem (ou dele não se apreende) as questões mais íntimas, o cotidiano e a intimidade, assuntos caros a Alice Munro. E como sempre se tratou de contos, não de um livro de memórias nem de uma autobiografia, a autora sentiu-se livre para completar as histórias com aquilo de que sentiu falta, sentiu-se livre para mudar um ou outro fato, para mudar o próprio passado como só um escritor pode fazer. Contudo, talvez por esta obra estar claramente colada à realidade, à sua realidade, Munro sentiu necessidade de esclarecer algumas dessas suas interferências no prefácio, em um raro momento em que explica seu processo d
Peso: | 0,433 kg |
Número de páginas: | 352 |
Ano de edição: | 2014 |
ISBN 10: | 8525057045 |
ISBN 13: | 9788525057044 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Romance |
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