A comunidade inconfessável: será que isso quer dizer que ela não se confessa, ou então que ela é tal que não há confissões que a revelam, já que, cada vez que se falou de sua maneira de ser, pressente-se que não se apreendeu dela senão aquilo que a faz existir por ausência? Então, melhor teria valido se calar? Melhor valeria, sem pôr em valor seus traços paradoxais, vivê-la naquilo que a torna contemporânea de um passado que jamais pôde ter sido vivido? O preceito de Wittgenstein célebre demais e reiterado demais, “é preciso calar aquilo do qual não se pode falar”, indica justamente que, já que ele não pôde, ao enunciá-lo, se impor o silêncio a si mesmo, é que, em definitivo, para se calar, é preciso falar. Mas com que espécie de palavras? Eis aqui uma das questões que este pequeno livro confia a outros, menos para que eles respondam a ela do que para que eles queiram justamente portá-la e talvez prolongá-la. Assim descobriremos que ela tem também um sentido político compelente e que ela não nos permite nos desinteressar do tempo presente, o qual, abrindo espaços de liberdades desconhecidos, nos torna responsáveis por relações novas, sempre ameaçadas, sempre esperadas, entre aquilo que chamamos de obra e aquilo que chamamos de desobramento.
| Peso: | 0.14 kg |
| Número de páginas: | 84 |
| Ano de edição: | 2013 |
| ISBN 10: | 8523010394 |
| ISBN 13: | 9788523010393 |
| Altura: | 22 |
| Largura: | 16 |
| Edição: | 1 |
| Idioma : | Português |
| Tipo de produto : | Livro |
| Educação & Disciplina : | Filosofia |
Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência no site e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições. Acesse o nosso Portal de Privacidade para visualizar nossas Política de Privacidade, Política de Cookies e Termo de Compromisso e Uso do Site.
Avaliações