O pai morto é um romance extraordinário, no qual Donald Barthelme exercita com maestria o senso de humor inconfundível que influenciou uma geração inteira de escritores dentro e fora dos Estados Unidos. A originalidade da sua estrutura, composta por capítulos que se aventuram por diferentes estilos e assuntos numa alternância repentina, torna-o um livro de difícil definição. Seu enredo, que não é menos inusitado, talvez possa ser resumido simplesmente como uma celebração desvairada e libertina da morte do seu protagonista. Morte em termos, pois o Pai Morto é um defunto inconformado com sua condição. Enquanto vai sendo arrastado a contragosto para um destino que ignora, faz questão de exprimir sua contrariedade por meio de uma série de ordens, máximas e imprecações ameaçadoras. Os protestos não conseguem interromper, porém, o falatório meio indecoroso que se desenrola no cortejo à sua volta. Logo notamos que, em vez de luto, este enterro é a ocasião de um grande carnaval literário em que vale quase tudo – fábulas de moral duvidosa, diálogos íntimos, definições enciclopédicas, reflexões metafísicas, aventuras sexuais – com uma única condição: que seja divertido para o leitor. “Um clássico é um livro que nunca acabou de dizer o que tem a dizer”, segundo a bela definição de Italo Calvino. Quarenta anos depois de sua publicação original, em 1975, a multidão de vozes que povoa este romance continua tendo sempre algo de inesperado a nos contar, e soa sobretudo como um irresistível c
Peso: | 0,269 kg |
Número de páginas: | 240 |
Ano de edição: | 2015 |
ISBN 10: | 8532529755 |
ISBN 13: | 9788532529756 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Romance |
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