O poeta, de algum modo, abdica da plena posse de si, para poder sentir com um coração que, não sendo de todo seu, contém forçosamente alguma coisa alheia. Inexiste, em literatura, uma sensação “autêntica” que reflita diretamente o dado empírico; o que há (então o título da obra se aclara) são experiências rarefeitas da realidade, reelaboradas necessariamente pelo crivo dialógico estabelecido no âmbito do próprio discurso literário. Assim, na segunda clave de leitura da obra, percebe-se que vários “outros” se apossam desse “eu” dissipado de si para acolher a alteridade: Rimbaud, Dante, Rei Lear, Ulisses... É nessa tensão – de dizer-se pelo viés de transformar-se em algo sempre diverso – que reside a força maior de "Rarefeito". Prefácio de Antonio Carlos Secchin.
| Peso: | 0.2 kg |
| Número de páginas: | 140 |
| Ano de edição: | 1900 |
| ISBN 10: | 8578232283 |
| ISBN 13: | 9788578232283 |
| Altura: | 21 |
| Largura: | 14 |
| Comprimento: | 1 |
| Edição: | 1 |
| Idioma : | Português |
| Tipo de produto : | Livro |
| Literatura Nacional : | Poesia e Poemas |
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