Na obra Giz de Aprendiz, fazendo do impossível um quase possível, Alvaro apresenta versos métricos que se completam ou se contradizem ao longo de suas sílabas poéticas. É denominada métrica a medida do verso de uma poesia. Aqui, trata-se de uma brincadeira proposital oriunda da genialidade do autor que gosta de deixar a imaginação do leitor em dúvida. São clássicos os versos “nas entrelinhas destas linhas só há estrelinhas” e “pode ver a métrica para moldar estes versos só com serra elétrica”, nos quais ele abusa de uma métrica tecida em tom prosaico e lúdico. O autor não busca ser sempre lógico e previsível, pois é justamente o imprevisível que o fascina e molda seus versos. Ele quer mostrar, nas conclusões dos seus poemas, finalizações ilógicas e divertidas, porém sempre reflexivas: “não cresceu com fermento para o pão ficar grande usei lentes de aumento”. Quem diria que ele concluiria este verso rimando a palavra ‘fermento’ com ‘lentes de aumento’? É nisso que reside a métrica insubordinada de Alvaro Posselt. À medida que a leitura avança, chega um momento em que a obra chama sua audiência para se tornar um poeta também, pois ela desperta a criatividade do leitor e o poeta leva o leitor a se tornar um novo artista. Diante da primazia da realidade dos versos em tela, leia-os sem julgar, não espere que o autor cumpra a sua coerência, e muito menos a sua lógica. Apenas leia. Pense depois. Durante a leitura, pare seu mundo, divirta-se, desamanheça!
| Peso: | 0.243 kg |
| Número de páginas: | 192 |
| Ano de edição: | 1900 |
| ISBN 10: | 8565017265 |
| ISBN 13: | 9788565017268 |
| Altura: | 20 |
| Largura: | 14 |
| Comprimento: | 1 |
| Edição: | 1 |
| Idioma : | Português |
| Tipo de produto : | Livro |
| Literatura Nacional : | Poesia e Poemas |
Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência no site e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições. Acesse o nosso Portal de Privacidade para visualizar nossas Política de Privacidade, Política de Cookies e Termo de Compromisso e Uso do Site.
Avaliações