Scott aborda uma questão que havia muito incomodava os senhores de escravos ao redor do Atlântico – e que um deles, em 1791, chamou de “modo desconhecido de transmitir inteligência entre os negros”. Inteligência é exatamente a palavra certa, pois o conhecimento que circulava no “vento comum” era estratégico em suas aplicações, ligando as notícias do abolicionismo inglês, do reformismo espanhol e do revolucionarismo francês às lutas locais no Caribe. As pessoas itinerantes usavam as redes de comércio e sua própria mobilidade autônoma para formar redes subversivas, das quais as classes dominantes da época estavam bem cientes, mesmo que os historiadores da época, até Scott, não estivessem. Scott, portanto, cria uma nova maneira de ver um dos maiores temas da história, o que Eric Hobsbawm chamou de “a era da revolução”. Ele muda nossa visão em duas direções: vemos a época flamejante de baixo para cima e do lado do mar. Ao enfatizar os homens e as mulheres que conectaram por mar Paris, Sevilha e Londres a Porto Príncipe, Santiago de Cuba e Kingston, e que depois, em pequenas embarcações, conectaram portos, plantações, ilhas e colônias entre si, Scott cria uma nova e altamente imaginativa geografia transnacional de luta. Instâncias de resistência de baixo para cima em várias partes do mundo, até então desconectadas, agora aparecem como partes constituintes de um amplo movimento humano. As forças – e os criadores – da revolução são esclarecidas como nunca antes. (Marcus Rediker, do
Peso: | 0.39 kg |
Número de páginas: | 256 |
Ano de edição: | 2024 |
ISBN 10: | 8526816772 |
ISBN 13: | 9788526816770 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Arquitetura e Urbanismo |
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