O campo e a cidade são os polos que se encontram neste livro de estreia de Roniwalter Jatobá. Escrito no fervor da ditadura civil-militar, a obra carrega a característica central que irá marcar todos os demais trabalhos do autor, o de trazer para o centro aqueles que sempre ficaram às margens. Os despossuídos, desenraizados, as ruas de terra com moradias precárias, a falta de saneamento básico, os salários que não chegam ao fim do mês, os transportes públicos lotados e insuficientes e as humilhações corriqueiras aparecem aqui como protagonista de uma literatura que incomoda e chacoalha o leitor. Sabor de química é dividido em duas partes: “Bananeiras” traz histórias sobre os lugares de origem e narra o que se tem e o que se deixa, não por vontade ou autonomia, mas por necessidade. “A cidade” marca a segunda parte da obra, que apresenta ao leitor as diferentes tramas e armadilhas da metrópole e conta as memórias dos que chegam cheio de sonhos e são enviados para as periferias mais destroçadas e desassistidas. Nas palavras de Adelaide Ivánova, que assina o texto de orelha, “Jatobá se aproxima do gesto de escrita-mosaico para traçar um paralelo emocionante entre aquilo que se deixa e aquilo que se encontra quando se é um trabalhador emigrado”. “Sempre o li como um ‘romance de estilhaços’, um espelho jogado no chão, como uma só e longa história de azares, cortada à faca, embaralhada com raiva, em que cada pedaço, cada caco, só existe para conformar um mosaico maior: o do horr
Peso: | 0.4 kg |
Número de páginas: | 192 |
Ano de edição: | 2025 |
ISBN 10: | 6557174339 |
ISBN 13: | 9786557174333 |
Altura: | 18 |
Largura: | 11 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Nacional |
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