Boa parte da sensação de vazio (tédio gratuito), que chamaremos de inquietude da alma, hoje, é naturalmente causada pela dificuldade de inclusão nas camadas sociais que insaciavelmente consomem, e, por conseguinte, asseguram a fertilidade das ansiedades geradas pela sociedade de consumo. Quanto mais consumimos, mais nos distraímos, e a consequência disso é que nos distanciamos das reais possibilidades que nos levariam a felicidade e a tristeza. Quer dizer, amizade e solidão são substituídas pelo prazer insaciável das compras de qualquer espécie. Daí, a experiência da escassez contrasta com o consumo compulsivo, e dessas disposições comportamentais o caminho me parece claro - uma quer se interromper e a outra quer se perpetuar. Na capacidade de reconhecermos que não gostamos de pobres, e tampouco de sermos pobres, pode residir nossa salvação racional, moral e ética, que poderá nos fazer entender que aquilo que realmente não gostamos, é a pobreza. Se entendermos que o egoísmo do capitalismo reduz nossa visão do real, e a indiferença é um feitiço que se voltará contra o feiticeiro, não somos medíocres.
| Peso: | 0.1 kg |
| Número de páginas: | 96 |
| Ano de edição: | 1900 |
| ISBN 10: | 989520728x |
| ISBN 13: | 9789895207282 |
| Altura: | 22 |
| Largura: | 14 |
| Comprimento: | 1 |
| Edição: | 1 |
| Idioma : | Português |
| Tipo de produto : | Livro |
| Educação & Disciplina : | Filosofia |
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