Se não fosse pela qualidade indiscutivél de seus versos - que muitas vezes flertaram com uma reconhecível memória barroca e com toda a geração de modernistas, ao mesmo tempo em que encontravam nos fatos de um cotidiano mais do que prosaico os motivos elegíveis para sua criação poética- seria preciso admitir que Ana Luísa amaral foi uma pensadora do tempo que lhe foi dado a viver, e por isto, nem sua poesia e nem seu trabalho ensaístico negaram a bruta realidade que lhes batia a porta, pesonificada na tragédia dos refugiados; naqueles que sofrem todas as formas de perseguições políticas; nos que majoritariamente acabam por compor o sempre discutível lugar de "minoria"; na condição feminina medida sempre pela perspectiva história; enfim, em todos os que foram excluídos da linearidade da História, por não serem celebrados de maneira heroica. A verdade é que seu trabalho de escrita debruçou um olhar minucioso sobre as pequenas coisas - batatas por descascar, chávenas por lavar, papéis a recolher -, toda uma incontável reunião de coisas miúdas, de cotidianas preciosidades que oferecem a todos a oportunidade de tornarmo-nos verdadeiramente humanos.
| Peso: | 0.323 kg |
| Número de páginas: | 228 |
| Ano de edição: | 2024 |
| ISBN 10: | 8575918222 |
| ISBN 13: | 9788575918227 |
| Altura: | 21 |
| Largura: | 14 |
| Comprimento: | 1 |
| Edição: | 1 |
| Idioma : | Português |
| Tipo de produto : | Livro |
| Literatura Estrangeira : | Paradidáticos e/ou leitura escolar, Pockets |
| Literatura Nacional : | Ficção de Suspense e Ação, Ficção |
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